Inebria-me os sentidos
Encanta-me,
Esse aconchego
De luz e sombra
Do amanhecer
Sobre a mesa recém-colocada
Para o café...
Encanta-me a poesia,
Que entre as dobras
Da toalha de mesa, em pequenas
Ondas de cores, tingindo
As flores observa-me
Enquanto, admiro
O entrelaçar da palha antiga
Da cesta de frutas,
E, sinto o aroma do pomar
Inebriar-me os sentidos...
Há uma cumplicidade linda
E bem-vinda entre a suave presença
Da luz matinal e seu reflexo
Na garrafa azul...
Há um toque de saudade
Que passeia na imobilidade
Dos objetos à espera,
Do olhar carinhoso e atento
Do artista para pintá-los,
Em uma tela repleta
De amor e vida,
De amor à vida!