Madrugadas sem você

Se eu fosse escrever tudo que ela me causa, faltaria papel, nunca palavras. Afinal sem as palavras, as dores e os amores, o que seria do poeta?

Aliás senhorita, não sou poeta, sou uma criança tímida que perde a fala e transcreve as falas de seu peito com tinta.

Me encontro perdido nos seus olhos, eles são como travas nas engrenagens do relógio e seu sorriso aumenta o volume do "tic tac".

Eu te busco em lugares, te levo uma rosa, e o poeta fala com rosas.

Princesa durante o dia, adversária do sol, que inveja seu brilho. Rainha das minhas noites, responsável pelas madrugadas roubadas, volto a dizer de seus olhos, pois eles me lembram fadas, já que concedem o desejo de encontrar matéria prima para meus versos.

Desculpe-me se essas palavras não te tocam, ainda não aprendi a escrever para estrelas apenas olhando de longe seu brilho, e além do mais, do que valem versos para que em poucos sorrisos cria um universo?

Flower Boy
Enviado por Ducks em 14/10/2017
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