Poema sem fim
Terei que lhe dizer adeus
Não sei por quanto tempo
Mas terei
Terei que abandonar o palco
Afinal já não tem plateia
Terei que descer do trapézio
Pois ja não ha proteção
Terei que sair do mar
Sem peixe e sem arrastão
Terei que saltar na próxima parada
Pois o caminho já não vale nada
Vou me embora pra Lisboa
Lá de longe o tempo voa
Vou chorar em outro lugar
Para que ninguém venha atrapalhar
Vou soltar lágrimas de rejeição
Me conformar com toda situação
Vou terminar com esse martírio
Em algum tempo sem brilho
Vou terminar este poema
Para que de mim, não tenham pena
Gabriel D'Nasc
14/10/2017 0045