DO DELICADO

Da doçura que experimento,

No teu contexto dos teus braços,

Deixo-me relaxar em teu convívio,

Ali sou puro, nos teus agrados.

Da delícia que vislumbro,

No aconchego do teu pesar,

Detenho-me impaciente

Na antecâmara do teu olhar.

Da suavidade que percebo,

No delírio dos teus trejeitos,

Demoro-me em tuas faces

Na desfaçatez dos meus defeitos.

Da delicadeza que pressinto,

No temporal dos teus desejos,

Finco-me tal como um anteparo

No limiar dos teus beijos.

Da inocência que idealizo,

Na fisionomia de tua fronte,

Estremeço-me como criança

No delicado de teu horizonte.

2.006