DOCE VAMPIRO
Um vampiro nunca se retira no fim da festa,
o dia prenuncia a sangria da noite seguinte.
Esvaziado, pálido busca o quanto lhe basta,
e depois de farto retira a máscara e sangra.
Na boca silenciada e seca aperta suavemente a sua
e mata a sede da pobre alma com uma lágrima fria.
No rosto da vítima pode acontecer
de ser notado um espasmo de prazer.
Talvez seja para isso que vivam os vampiros,
para dar alguma alegria ao fim dos inevitáveis dias.
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Baltazar