A última valsa...
Na última valsa já não existia música…
Só os sons que ecoavam em minha mente.
Iludido pelas batidas internas não via o incidente,
no qual estávamos mergulhados inconscientes.
Em nossa última dança não havia compasso,
muito menos ritmo que comportasse o que sentíamos
no fundo sabíamos que ambos sofríamos
pelo descompasso causado por nossas escolhas.
Você ia para a direita e eu para esquerda,
nossos corpos desencontravam-se no bailar…
Eu assustado temia ficar sem ar por saber
que no final cada um seguiria seu próprio rumo.
Mantive meu corpo junto ao seu o quanto pude,
a ponto de me machucar pela fricção…
Dor física que refletia minha dor interna,
de estar viciado em quem não queria ser chão.
Como golpe final de uma partida já vencida,
você deu o xeque mate no meu coração.
Feito terremoto em área totalmente destruída,
O chão se abriu… E Tudo ruiu… Dentro de mim.
Disponível in: https://alucinacaopoetica.wordpress.com/a-ultima-valsa/