Poema antropofágico
Gilberto Carvalho Pereira, Fortaleza (CE), 8 de outubro de 2017
Te desnudei frente a mim,
Te prendi na minha algema.
Te entreguei uma flor de jardim,
Te devorando em meu poema.
Não te queria fazer mal,
Queria apenas te amar,
Porém, agi como animal
Sem pensar em te vitimar.
No poema, ao te devorar,
Eu te pedia o teu coração.
No meu modo de colocar
Tua resposta foi aberração.
Por que não me aceitas?
Por acaso sou imperfeito?
Com outros tu deleitas,
Desejo deitar em teu leito.
Meu querer é viver contigo
Por toda a minha vida.
Ser teu eterno amigo
E tu, minha musa querida.