Metamorfoses do amor
Fugirei...
O sol encontrar-me-a caminhando
Nas primeiras horas da manhã.
Alimentar-me-ei dos seus primeiros raios de luz.
Sentar-me-ei nas areias da mesma praia onde nos beijamos
Pela primeira vez.
Descansarei ali os meus passos no compasso das ondas do mar.
O que escrevemos o vento encobriu
Os nossos nomes o mar recolheu
E o que restou o tempo levou.
Lágrimas escorrem em meu rosto
Minha língua as absorve
Tem o sal da tua boca
Lembrando a doçura do teu mel.
Eu não quero ficar olhando o passado
Então para que esperar o por do sol.
Voltarei nas sombras
Quem sabe uma gaivota perdida
Encontre ainda o eco perdido do nosso amor que se foi.
O Tempo nos permitiu crescer
E compreender que na vida devemos reconhecer
Que até os amantes tem limites
Intransponíveis para o seu amor.
É doído perceber como as ondas que se quebram na beira do mar,
Os sentimentos do coração são quebrados na beira da razão.
Mas nós precisamos de paz nos dois lados
Então nós fazemos o amor virar ondas do mar.
E a razão ventos que secam os nossos ai's.
Para sobreviver a tantas nuances da vida
Aprende-se as metamorfoses do amor.