Metamorfoses do amor

Fugirei...

O sol encontrar-me-a caminhando

Nas primeiras horas da manhã.

Alimentar-me-ei dos seus primeiros raios de luz.

Sentar-me-ei nas areias da mesma praia onde nos beijamos

Pela primeira vez.

Descansarei ali os meus passos no compasso das ondas do mar.

O que escrevemos o vento encobriu

Os nossos nomes o mar recolheu

E o que restou o tempo levou.

Lágrimas escorrem em meu rosto

Minha língua as absorve

Tem o sal da tua boca

Lembrando a doçura do teu mel.

Eu não quero ficar olhando o passado

Então para que esperar o por do sol.

Voltarei nas sombras

Quem sabe uma gaivota perdida

Encontre ainda o eco perdido do nosso amor que se foi.

O Tempo nos permitiu crescer

E compreender que na vida devemos reconhecer

Que até os amantes tem limites

Intransponíveis para o seu amor.

É doído perceber como as ondas que se quebram na beira do mar,

Os sentimentos do coração são quebrados na beira da razão.

Mas nós precisamos de paz nos dois lados

Então nós fazemos o amor virar ondas do mar.

E a razão ventos que secam os nossos ai's.

Para sobreviver a tantas nuances da vida

Aprende-se as metamorfoses do amor.

Robertson
Enviado por Robertson em 07/10/2017
Reeditado em 07/10/2017
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