Menina

Eis que então ela me vem

Vem de curtos leves passos

Como vem não se contem

Inocentes jovens traços

De beleza singular

Pura sem ostentação

Desafiante teu olhar

Presa, eu, sem reação

Dizendo coisa qualquer

E tudo aqui por fim reluz

Queres vou eu atender

O olhar que me seduz

Na esquiva meu olhar

Forma quase que covarde

De fato a se acovardar

Meu interior alarde

Ainda a me devorar

Dizes outra coisa à-toa

O que faço me calar

O olhar que se rê-voa

Quero o sim possuo o não

Sua hora de partir

Leve aceno de mão

Despede-se a sorrir

E nem mais sei respirar

Vai visão que me agrada

Seja breve em retornar

Para sempre ser amada.

Samuka Souza
Enviado por Samuka Souza em 06/10/2017
Código do texto: T6135114
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