Menina
Eis que então ela me vem
Vem de curtos leves passos
Como vem não se contem
Inocentes jovens traços
De beleza singular
Pura sem ostentação
Desafiante teu olhar
Presa, eu, sem reação
Dizendo coisa qualquer
E tudo aqui por fim reluz
Queres vou eu atender
O olhar que me seduz
Na esquiva meu olhar
Forma quase que covarde
De fato a se acovardar
Meu interior alarde
Ainda a me devorar
Dizes outra coisa à-toa
O que faço me calar
O olhar que se rê-voa
Quero o sim possuo o não
Sua hora de partir
Leve aceno de mão
Despede-se a sorrir
E nem mais sei respirar
Vai visão que me agrada
Seja breve em retornar
Para sempre ser amada.