Travessa Rosa

Era só mais dia de primavera

Havia algo à mais no ar

Não apenas o perfume das flores

Mesmo sendo aqui no sertão

Havia sim um perfume feito para mim

Parei por um momento

O mundo parou ao redor de meus olhos

Passava um buquê de rosas

Entre elas à mais bela que um dia vi

Às rosas cantavam, sorriam

Alegres ! radiantes !

O desejo de um pobre colibri !

E numa fração de segundo uma olhou

Dentro de mim !

Seu olhar nada dizia, mais parou o mundo

Dentro e fora de mim !

Única coisa que eu ouvia era à vida

Queimando dentro do meu ser

Meu coração disparado querendo

Nem mais meu ser, apenas por ela bater !

O mais incrível que até antes dela existir aos meus olhos eu até sabia o que querer

Agora já não sinto mais o chão !

Nem por que isso veio acontecer

Sei que aquele olhar da danada

Mundou todo o meu ser !

Ela dava risadas que alegrava o minha alma !

Seus cabelos cheirosos no ar pairava

Nem sei se no chão pisava

Era tanto encanto numa danada

Meu coração cadê você?

Foi embora com à ingrata !

Num bordejo de fim tarde naquele passeio à rosa mais bela fez minha alma alvorecer levou o meu coração aquela insensata !

Uma madonna de óculos me encantava

O desejo de ser dela conduzia o meu viver

Desse encontro num fim de tarde

Dum colibri e uma rosa

Mudou toda minha história !

Fez um jardim com flores

Num deserto florescer

Semeou amor em mim

Essa história de amor sem fim

Virou poema ! História ! Lenda !

Mais acredite pelo sol que arde no sertão

Que ficou mais frio diante do amor no meu coração !

Tudo isso aconteceu na travessa rosa

Em Juazeiro na minha Bahia

Terra do velho Chico e cantoria !

Das carrancas e das barquinhas !

Onde uma história de amor sem fim , virá à se tornar um livro para lágrimas dos teus olhos arrancar !

Toda vez que você ler !

Vale do são Francisco !

Terra do sol !

Juazeiro e Petrolina terra das minhas alegrias eu muito muito amo você !

Ricardo Do Lago Matos