LUAR DA MINHA RUA
Sentado ao balanço, no ranger da madeira,
as correntes obliquas seguem
num vai e vem compassado.
Saudades a bater no peito pelo que sinto,
curiosidade de rever minha vida ......
Triste solidão abate-me de repente
neste tempo lindo.
Sombras de azul deste meu luar,
na noite pintada de estrelas
distanciadas por azuis maravilhosos,
colocando-se neste infinito,
um facho celestial.
Lembro o Minuano a soprar levemente
suas cantigas uivantes,
entre assovios e aragens frias
que falam ao meu coração
neste escuro de eucaliptos.
Fico a chorar que venhas .....
Ó luar que se esvai.
Ó luar !!!! Tenhas compaixão
desta minha dor.