E é ali que se vê o pretenso escondido
"E é ali que se vê o pretenso escondido,
Ali na escuridão dos sentidos que se não querem mostrar
Onde o céu é chão, a terra é nuvem e não há caminho para os pés
E a gente vai de quadro em quadro sem nem mesmo se lembrar.
É ali que acontece as impossibilidades
Que mascaradas de verdades, ousam e se aventuram.
Mergulham na mente, brincam de esconde com o coração
E então emergem trazendo uma porção de perguntas e afirmações.
Foi tão real, dizemos, e às vezes desejamos retornar aos mais absurdos momentos.
É uma lembrança?, queremos!, mas de amanhecer em amanhecer
Notamos a resposta negativa.
A vontade é a doença do pensamento que quer se tornar realidade, mas
É pura mágica e contentamento o que acontece.
Toda vez.
Tormento repentino com uma ponta de esclarecimento.
Mas pouco importa se fica de fato esclarecido.
Seja bom, seja ruim,
Seja puro sentimento de angústia, de atraso,
Seja da mais profunda alegria ou lástima,
Seja de um beijo que vejo ao fechar os olhos, os sorrisos ou as lágrimas que a despedida traz.
É ao acordar que se faz o que no sonhar se fez.
Mas é verdade, coração? É verdade?
Diga à mente se sim e que se espalhe a notícia.
É devaneio ou é paixão? Alegria ou tristeza?
Superficial ou mais profundo?
É só um instante? Diga que não.
Mas se for, deixe-me sentir.
O eterno pode caber num espaço assim curtinho."