Um lençol de pólen. Um enxame de rosas púrpuras
e uma estrela, com as hastes luzentes diante da boca
Um leito,
sem regras nem roupas a embaçar o brilho
Um leito à convulsão das jóias brutas :
Ardido, perfumado e cruel,
como um poema inflamado a flor de laranjeira
Pra rasgar-te os linhos
todos ;
Pra suar e raiar a noite obsidiana
E depois, amar-te... Amar-te louca e profundamente,
até extinguirem-se as vidas desses animais carnívoros.