ATRÁS DO MURO

Como vai você

que eu não consigo esquecer

daquela noite escura

que a amei com ternura.

Escondido atrás do muro,

completamente inseguro,

envolvido nos seus braços,

onde repousei meu cansaço.

Ó minha mulher amada,

que fiz ficar magoada,

recusando seu amor

e não lhe dando valor.

Hoje, aqui tão distante,

nesta minha vida errante,

eu a tenho no pensamento

com um vago pressentimento

de que voltarei a vê-la,

já que não posso esquecê-la

e novamente a amar

para no seu corpo repousar

o resto de minha vida,

cansada e abatida,

de tantos anos angustiados

que eu não vivi a seu lado.

Leandro Ferreira (MG), 6 de dezembro de 1985.

Tadeu Lobo
Enviado por Tadeu Lobo em 30/09/2017
Código do texto: T6129115
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