AS FALSAS FLORES DO NOSSO JARDIM;
Mentíamos!
E quem de vós não mentira?
Naquele sol intenso de meio-dia;
Eu estava deslumbrante entre os jasmins.
Ora andava impaciente, ora calmo;
Desabrochara a mais bela flor para dar-me.
Não sei porque media todos os homens como palmos;
Desconfio de tua maldade.
Eu era confiante demais para avistar a violeta que rasgara;
Viu nela a beleza de minh'alma?
Ah! Ela era mais bela que aqueles lírios de plástico que matei...
Fui má, eu sei.
Formosas as nossas boas roupas;
Pena que eram materiais de livre desuso;
Mas aqueles lírios ao fundo;
Matei-os, igual tu fizeste a minha violeta.
Que tônica de conspirar contra meu jardim;
Cadê nossas belas flores de plástico?
Quem de nós pusestes fins?
Vós vistes o fim desse teatro?