O DEDO E O ANEL
Não precisa se assustar;
Esta noite aqui venho,
Pois quero te amar
Com todo amor que tenho.
E que guardei pra você.
Relaxe, fique calma,
Que eu não a farei sofrer,
Pois a amarei com a alma.
Sem derramamento de sangue,
quero sentir o doce mel
que de seus lábios esvaem.
Quero usar seu anel
nesta noite em meu dedo.
Quero fazê-la mulher,
afugentando-lhe o medo,
possuindo-me como quiser.
Nesta noite de lua escura,
em que somos um só ser
envolvidos por esta ternura
que nunca há de morrer.
Quero pousar meu dedo
no círculo de seu anel
e desvendar seus segredos
ocultos por trás de se véu.
Nova Serrana (MG), 23 de agosto de 1985.