A lua sem medo da noite...
 
Ouço apenas o silêncio da noite
Que cobiça a tranquilidade da alma confusa,
 
Há murmúrio dos anjos que conspiram por nosso olhar,
Esses em castos e cobiçados pensamentos
Entrega uma sinfonia lírica ao empíreo,
 
Na janela aberta que convida o vento
Apenas a vontade ecoa sobre o infinito,
Os espelhos não enganam o que escondemos
Nem instigam o que já faz parte da imaginação,
 
Em tempos encontrei uma alma perdida
Que escondida por a lua enciumada
Escondeu do coração a luz que ofertou a vida,
 
O que fez o sopro em nossas vidas?
 
Castigou os momentos que cúmplice ao tempo
Apenas dedicou a curta melodia do adormecer,
 
Dormimos tão cedo,
Acordamos tão tarde,
 
Que ilusão é pior que ter você apenas por poucos anos?
 
Eu teria teu perfume por toda minha vida em minha essência,
Nos momentos em que o abraço foi à cura da ausência
Eu tive tua alma dominando toda minha vontade,
Nos momentos em que apenas nosso olhar concebia grandes diálogos
Entendemos toda linha do tempo em nosso caminho,
 
Há cárceres que vigiam as portas do destino,
Esses que com arcos de farpas
Tripudiam do sereno que invoca a fantasia...
 
Não temo o gemer da amarga lua que esconde seus olhos,
Nem o uivo do cúmplice lobo que espalha o medo,
Temos a lenha seca que acende a chama do nosso encontro
Temos a simples cabana que aconchega nossos corpos
Em noites frias
Temos a relva que nos acolhe no sereno do crepúsculo,
Conforta nossos corpos
E permite que nos entreguemos ao sumo da paixão proibida.
 
J Lucivan Almeida
Enviado por J Lucivan Almeida em 26/09/2017
Código do texto: T6125753
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