Às vezes
existo vagarosamente por dentro
Estendo-me à sombra sem propósito algum,
silenciosa e oca,
no exílio da tua existência de sol e de luz
Abundantemente escassa
como o choro do cântaro vazio
De repente a tua voz agita a escuridão,
cheia da força de décadas
e adentra a profunda carne - da tua carne,
com a boca devoradora e o fôlego em brasa
e escala a intimidade :
raiando e queimando como as estrelas de agora
 
Perto os pássaros cantam ao dorso dos ramos
O tempo é flutuante, como o cheiro da tua essência ;
E à fonte nasço de novo... e de novo,
ao pulso do teu gesto.





 
Ouvindo...



DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 26/09/2017
Código do texto: T6125391
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