Entre pétalas e rimas:
__________Léa Ferro
Em suas patéticas dores das desilusões
Mantinha vivo algum sonho,
Que renascia com aurora verdejante.
Suportava as condenações mundanas do dia
E amargava a despedida,
Nos braços da morte, ao cravar da lua.
Morria, acesa, inflamada
Pelos desejos secretos de sua alma
E sorria.
A face estendida aos céus,
Calejada dos anos .
Suspirava rios de águas cristalinas.
Desventurada,
Tinha por testemunho uma concha do mar
E palavras sussurradas no travesseiro.
Beijava sonhos e tomava banho de estrelas
Na madrugada fria, para acalentar o calor
Dos espelhos retratos dos versos das entrelinhas.
Beijava as rimas e pétalas,
Como quem beija a boca que deseja
Nos desvãos do ser.
Longínquas eram as noites abraçadas pela solidão
Emolduradas na melancolia dos olhos de lua
Que traziam contentamento e enalteciam ternos eclipses.
Setembro de 2017
Para Cronópia
__________Léa Ferro
Em suas patéticas dores das desilusões
Mantinha vivo algum sonho,
Que renascia com aurora verdejante.
Suportava as condenações mundanas do dia
E amargava a despedida,
Nos braços da morte, ao cravar da lua.
Morria, acesa, inflamada
Pelos desejos secretos de sua alma
E sorria.
A face estendida aos céus,
Calejada dos anos .
Suspirava rios de águas cristalinas.
Desventurada,
Tinha por testemunho uma concha do mar
E palavras sussurradas no travesseiro.
Beijava sonhos e tomava banho de estrelas
Na madrugada fria, para acalentar o calor
Dos espelhos retratos dos versos das entrelinhas.
Beijava as rimas e pétalas,
Como quem beija a boca que deseja
Nos desvãos do ser.
Longínquas eram as noites abraçadas pela solidão
Emolduradas na melancolia dos olhos de lua
Que traziam contentamento e enalteciam ternos eclipses.
Setembro de 2017
Para Cronópia