SENTIMENTO QUE NUNCA EXISTIU!
Como uma borboleta, cambaleando pela
vida tento lançar fora todas as minhas
fantasias, o beijo que não se deu os abraços
que apenas ficaram ao alcance da imaginação.
Se pudesse por um paradeiro nessas
reminiscências todas que embora sejam falsas
teimosamente insistem em alojá-las em minha
memória um corpo que nunca foi meu...
De vez em quando dou uma parada como ela
própria faz como que sentindo ter encontrado
alguma coisa de meu relicário que se perdeu
ao longo do cruel tempo...
Mas, são restos de lágrimas alcalinas que
deixei cair quando por ali passei, quem sabe
foi em um daqueles dias que azoinado caminhava
sem ainda saber que tinha perdido o meu mundo...
Como navio ou borboleta, como queiram, vou
bordejando pela vida sem saber bem como me
livrar desses pensamentos ilusórios que me conduzem
ao desejo de desenlaçar de um sentimento que nunca existiu...