Não, não fuja, não
Não, não fuja, não
Fugir é correr, como que atrasada
Como que esfomeada, para o nada
E o nada, meu amor, não é pão.
Não, não fuja, não
Problemas são meros hóspedes
Não menos do que a solução
É copo d'água na véspera da sede
Vem, vem correndo
O relento do peito é um desassossego
Que não se acalmará querendo
Que o frio da rua venha soprar no leito
Fica, mas fica muito tempo!
Porque eu não gosto de meio-termo
Hemos, meu amor, de transbordar
Carpe Diem, há toda uma posteridade para secar.