O fingidor I
Cospes no prato que te ofertei...que matou teus desejos...
meus beijos indecentes que inda hoje tu sentes,
prata que te dei sem lei, sem horário nos meus anos primaveris...
Nos meus tempos das descobertas, quando chegastes como o primeiro...
Reverberastes nas minhas chamas, na tua procura pelo finito...
Mas em troca triste, me desidratastes, jogastes minhas pétalas ao léu...
Meu caminho cruzou com o teu...e fomos os dois para o nada num furor:
eu, flor desiderata, destratada, mil vezes prisioneira do teu amor...
você, macerado pelos nãos de sua vaidade, dores, vazio. Um fingidor...