Imortalidade!
 
Vive em mim, tudo aquilo que não morre,
Que bendigo, toda a vez que me ocorre,
A verdade, que chamamos de lembrança.
Nela, está o resumo, da história de uma vida,
Memória viva, aflorada, nunca esquecida,
Daquilo que me restou como herança.
 
Pedaços diminutos, quais retalhos,
Que procuro, por caminhos e atalhos,
Manter vivos, como preciosidades...
Cada instante, uma relíquia registrada,
Do perfume, ou dos olhos da amada,
Somente minhas, preciosas intimidades.
 
Ah! Só quem abre esse bendito relicário,
Fechado, como se tranca um armário,
Sou eu, e ninguém mais o invade.
Dentro, eu a vejo, inigualável, toda nua,
Banhada pelas luzes suaves, só da lua,
E a isso, chamo de imortalidade!