POETA TAMBÉM CHORA

Quem canta o amor,

Quem faz poesia,

Talvez não devia,

De tristeza chorar.

Mas quando a dor,

Invade o peito,

Não há sujeito,

Que possa aguentar.

Do mais belo olhar,

Sem se quer perceber,

Começa a escorrer,

Lágrimas de dor.

Bendito olhar,

Este salgado choro,

É um desaforo,

Ao meu medo do amor.

Quem ama e é amado,

Quem semeia paixão,

Não tem a solidão,

A lhe atormentar.

Pobre do apaixonado,

Que o amor vai embora,

De saudade chora,

Lhe esperando voltar.

Tecendo poesia,

O meu coração

Chegou a conclusão

Que revelo agora.

Entre dor e alegria,

Não deu pra esconder,

Pude perceber,

Que poeta também chora.

OBS: Poema publicado no livro "POESIAS DE QUINTAL", 2016.

Samuel Nascimento
Enviado por Samuel Nascimento em 17/09/2017
Reeditado em 14/03/2019
Código do texto: T6116796
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