POETA TAMBÉM CHORA
Quem canta o amor,
Quem faz poesia,
Talvez não devia,
De tristeza chorar.
Mas quando a dor,
Invade o peito,
Não há sujeito,
Que possa aguentar.
Do mais belo olhar,
Sem se quer perceber,
Começa a escorrer,
Lágrimas de dor.
Bendito olhar,
Este salgado choro,
É um desaforo,
Ao meu medo do amor.
Quem ama e é amado,
Quem semeia paixão,
Não tem a solidão,
A lhe atormentar.
Pobre do apaixonado,
Que o amor vai embora,
De saudade chora,
Lhe esperando voltar.
Tecendo poesia,
O meu coração
Chegou a conclusão
Que revelo agora.
Entre dor e alegria,
Não deu pra esconder,
Pude perceber,
Que poeta também chora.
OBS: Poema publicado no livro "POESIAS DE QUINTAL", 2016.