memórias do coração
Condenar-te-ei, amor, perverso,
pois feriste meu peito,
me jogate num abismo sem fim.
Lembrardes de quem já fui um dia
Procurai na vã memória
e na outrora em que nos amamos.
Percai este infiel orgulho
que não te deixas redimirdes
Fui feliz em querer-te
e infeliz ao amá-la.
O que antes era nostalgia
Hoje é tristeza e dor.
se sentisses o que eu sinto
Não farias o que fazes
Com a pureza do meu infinito amor.
Noutra vez e por mim
Condenar-te-ei até o fim
e farei jus do que me restou.