CALIGRAFIA II
Dentro de mim chove.
Mas não é uma tempestade,
É uma garoa perene e permanente...
São pingos salgados,
Que vertem contra a gravidade,
Vindas do coração aos olhos...
A minha chuva interna chama-se luto!
Pelo amor que nunca se foi de verdade...
Que a mim; nunca disse não!
Que partiu sem jamais ter partido,
Levando consigo a minha vida, a nossa...
Deixando partido, somente meu coração...
Para Inácia Maria de Medeiros.