Corte à musa
Tu és a flor que tímida espera
forjar no mel a seiva do pecado,
junto daquele beijo apaixonado,
que o colibri roubou na primavera.
A flor que o desejo dilacera
quando a paixão se impõe à poesia
e deixa entrar no ventre, à revelia,
o sêmen que verteu de outra hera.
Oh, bela flor, vermelha e delicada,
eu hei de mitigar o teu perfume
e fenecer nos ombros do ciúme,
até que chegue ao fim minha jornada.
Mas se tu fores minha namorada,
farei amor à luz de um Vaga-lume
Tu és a flor que tímida espera
forjar no mel a seiva do pecado,
junto daquele beijo apaixonado,
que o colibri roubou na primavera.
A flor que o desejo dilacera
quando a paixão se impõe à poesia
e deixa entrar no ventre, à revelia,
o sêmen que verteu de outra hera.
Oh, bela flor, vermelha e delicada,
eu hei de mitigar o teu perfume
e fenecer nos ombros do ciúme,
até que chegue ao fim minha jornada.
Mas se tu fores minha namorada,
farei amor à luz de um Vaga-lume