Poema da mulher infinda:
_______________Léa Ferro
No véu estigmatizado das banalizações humanas
Ela rompe todos os elos, rasga o véu
E desfolha a pele inquieta em que habita.
Redesenhando as palavras flácidas,
Ela molda co’as mãos oleiras o próprio corpo
E reinventa a liberdade que nutre em seu peito.
Ouve os gritos e o estalar dos chicotes
Que entranham em sua carne
E sangram o seu olhar, sem permissão...
Mas estende seus punhos no ar
E liberta seu ventre
Das misoginias escancaradas e descaradas.
Ela já não suporta os silêncios
Tampouco a bruta mercantilização
De seu corpo e sua imagem.
Ela não sustenta mais
A face, repetidamente, estampada
Em pobres propagandas androcentristas.
Ela cobiça apenas a nudez de sua alma,
A condecoração de seu conhecimento e inteligência
E a personificação de seus sentimentos.
No véu estigmatizado das banalizações femininas
Ela transgride-se mulher e deseja, bravamente,
A visibilidade de seu coração indelével.
_______________Léa Ferro
No véu estigmatizado das banalizações humanas
Ela rompe todos os elos, rasga o véu
E desfolha a pele inquieta em que habita.
Redesenhando as palavras flácidas,
Ela molda co’as mãos oleiras o próprio corpo
E reinventa a liberdade que nutre em seu peito.
Ouve os gritos e o estalar dos chicotes
Que entranham em sua carne
E sangram o seu olhar, sem permissão...
Mas estende seus punhos no ar
E liberta seu ventre
Das misoginias escancaradas e descaradas.
Ela já não suporta os silêncios
Tampouco a bruta mercantilização
De seu corpo e sua imagem.
Ela não sustenta mais
A face, repetidamente, estampada
Em pobres propagandas androcentristas.
Ela cobiça apenas a nudez de sua alma,
A condecoração de seu conhecimento e inteligência
E a personificação de seus sentimentos.
No véu estigmatizado das banalizações femininas
Ela transgride-se mulher e deseja, bravamente,
A visibilidade de seu coração indelével.