Essas palavras
Que estranha empreitada.
Eu te digo... e nada.
Que magia furada
Um vacilo e escapa.
E a questão que soa
Que sobe e transparece,
Que grita e entristece
É o não saber.
É a raiva, é o querer...
O quê?
Hum.
Não há poesia que guarde o bastante,
Não há palavra que não seja dissonante,
Que não fuja à rima,
Que não despreze,
Que não duvide,
Que não esqueça,
Que não proceda,
Que não insista.
Não há palavra com coragem.
É só miragem, é só questão.
Não há uma que pergunte o que sai do sim ou não.
Não há uma que escape da eterna seleção.
A gente diz o que quer
Ou o que quer o coração?