ALCOVA
Nesse branco tecido,
macio e perfumado,
deito-me e regalo-me,
no teu corpo amado.
Desse perfume sublime,
agarro-me aos lençóis,
não sei se sou um pouco eu
ou se sou muito de nós.
Desse êxtase que tenho,
rememoro as delícias,
tendo nas faces rosadas,
a suavidade das carícias.
Nesse frenesi delicioso,
que me completo descubro,
sou como uma folha ávida
ao azul que se cobriu de rubro.
Desse momento delirante,
o fechar de olhos me recuso,
o perder o aroma inebriante,
as formalidades em desuso.
2.005