ENCANTO NO OLHAR.

Como descrever tal formosura,

Se nem as ninfas alcançam tanto,

Afrodite tem-lhe tamanha inveja,

Somente em ver a tua face,

Face que brilha como a aurora,

De cabelos negros e longos,

Soltos por sobre os ombros,

É de uma maciez sem igual,

E seus grandes olhos brilhantes,

Tão magníficos quanto o céu.

É impossível que estas palavras,

Dimensionem toda sua majestade,

Palavras não são o suficiente,

Sempre existirá um vago,

Algo que ainda não foi dito,

Não é fácil transcrever os sentimentos,

Fazer daquilo que está no âmago da alma,

Em versos de uma poesia,

Pois este anjo; é pura perfeição.

Ela surgiu de repente em minha vida,

Veio fulgurante como estrela,

Em uma noite escura sem luar,

Eu nunca imaginei que o amor,

Fosse capaz de me aprisionar,

Ela me acorrentou ao seu olhar,

No calabouço daquele coração,

E lá estou desde então,

Lindo anjo ledo a me encantar,

Bela mulher que me faz sonhar.

Meu antigo refúgio agora é lembrança,

Deixou no peito muitas saudades,

Me fiz fugitivo de muitas cidades,

Um andarilho errante,

Na terra estranha poeta delirante,

Risquei na areia de solitária praia,

Minha poesia de medo e dor,

Poesia que o mar veio buscar,

Que num instante desapareceu,

Nas profundezas do mar.

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 04/09/2017
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