SOBREVIVÊNCIA DE UM SENTIMENTO
Não quis me entregar, lutei e relutei cheguei a
brigar comigo mesmo de tanto medo de me ver
cativo novamente, e depois ter notícias que a mulher
amada serviu da camuflagem da noite para escapulir...
Jurei em uma oração que iria ajuntar todas as
pedras que serviram de tropeço em minha vida
para construir o meu próprio castelo, daí a fobia
de me ver enclaustrado nas garras do terror outra vez.
Por muito tempo transformei todas as minhas
noites em claros dias só para poder ver se minha
extensa história que hoje dormita no passado foi
pautada por uma moralidade, ou, apenas existiu...
Chorei, fui tomado de sobressalto por seguidas
e intermináveis insônias desde que fui apanhado
por algo inesperado coadjuvado pela mordaça
do momento de transição da hora crepuscular.
Não sei se vou ou não amar novamente, não sei se
vou novamente embrenhar-me nesse ecossistema
que nada em épocas outras me libertou das garras
de uma sofrida dependência impedindo que conhecesse
o êxito, na sobrevivência de um sentimento...