O Amanhã

O Amanhã

O contar do tempo é relativamente pobre,

Principalmente quando se envolvem

Sentimentos perdidos por tola inocência.

Apossa-se da nossa energia mais limpa e pura.

Alimenta-se insaciável da seiva de nossas dúvidas

E neste ciclo passa imperceptível à prudência.

Este amanhã pode ser tão breve que mal exista,

Mesmo que desejemos que ele eterno persista,

Viver é o agora deixando de lado motivos de fuga.

Neste momento o mundo todo está a mudar,

Não devemos sentir auto piedade e nos julgar

Como perdedores de tudo que não aceitamos a luta.

Mesmo que o novo venha com insegurança no coração

Sendo passível de não entendermos possíveis frustrações,

Não há pressa quando a espera não se entrega ao cansaço.

Sei que um dia haverá o compreender sem restrições.

Que o amor, por si próprio, explica-se em suas emoções,

Mas não necessariamente no domínio dos seus braços.

Jorge Jacinto da Silva Jr.

jorge.jacinto@gmail.com