Aí de Mim
Ai de mim que nesta vida me dano
eu ando a esmo sem nenhum centavo
no meio deste ermo vendaval humano
até das minhas paixões sou escravo
Eu corro nas praias sujas do afogado
serro o ferro das grades do divino
dos meus irmãos sou o único bastardo
como eu posso entender este destino
E quando tudo for motivo de revolta
eu cruzarei os meus dedos nas costas
se você empacar, não vai nem ter volta
não consegue olhar nem nos meus olhos
até quando vou esperar uma resposta
Mas foi apenas um sonho...desmoronando
um lindo sonho de amor de folhetim
que terminou assim como rosas desabrochando
murchando e secando... em um árido jardim