Trégua
Perdão, amor!
Vinha tão acelerada pela vida,
não reparei nas flores
que deixaste pelo meu caminho.
Vinha tão descrente do bicho homem,
não vi a sensibilidade de sua alma.
Vinha tão desencantada do amor,
tão ferida e dolorida,
precisava de evidências,
não consegui ler
nas entrelinhas da tua quietude.
No meu mundo de palavras,
é difícil lidar com teu amor de silêncio e calmaria.
Parei a tempo,
embalada pelo refúgio
do teu abraço que se fez lar.