MAIS UMA VEZ
A luz que te fez lua ao meu olhar não desistiu,
ilumina ainda tua face, mas não aquece mais,
o que antes era chama que não respeitava dor.
Não há graça maior em teu brilho, nem teu reflexo,
preenche o vazio do meu espelho.
Tua luz não impede minha sorte,
durmo coberto por outra poesia,
pois teu calor agora me provoca frio.
Se hoje sinto arder forte meu peito,
são refluxos de novas flores de primavera,
trazidas pelo vento que hoje me beija,
e teu lume acende apenas a presença,
desse novo amor que teima em permanecer.