PARA QUE
Para nós, não adianta mais...
Para que relutar,
Para que viver na ilusão,
Para que esperar um sonho
que respirou promissoras promessas,
e, agora,
Encontra-se desaparecido na lembrança?
Para que manter esperança?
Por que burlar nossos corações
estimulando-os à preservar
o que não mais existe...
se o amor, para nós, tornou=se
inconjugável?
Não há razão!
Já não se vê a lua como
outrora,
já não se deseja que os ponteiros
do relógio
caminhem com maior velocidade,
em sua trajetória,
para poder saborear a nossa hora...
Qual o motivo de nosso
estado móvel, e,
mentindo,
dizer que nos amamos,
se, o que sentimos hoje,
vive na penumbra de um passado,
por que folhear um álbum
como fotografias amareladas...
Vidas devastadas, enfastiadas,
que pouco a pouco foram sumindo
pela porta dos funods,
vidas submersas
nos anais de nossa história.