DOLOROSA INSPIRAÇÃO.
O meu coração, embora dolorido,
Ferido ao revelar amor intenso,
Amor não compreendido,
Amor tão desprezado,
Amor esse que ainda machuca,
Flagela o meu peito.
Meu coração é um navegante solitário,
Nas turbulentas águas deste mar,
Buscando desesperadamente o amor,
O amor que tantas vezes negou-me,
Triste poeta me tornei,
Nas ondas triste a navegar.
O coração em dor cruciante,
Chorando mesmo sem querer chorar,
A alma em puro desespero,
Em dor profunda por desmedido amar,
Dor que se intensifica,
Nas turbulentas ondas deste mar.
Que seja este o meu derradeiro verso,
Ao anjo ledo com paixão,
Já não serei mais um poeta,
Riscarei do seio cada verso meu,
E que a folha em branco jamais veja,
A minha tão agoniante inspiração.