Histórias ao Vento
Desde que teus olhos
viraram páginas
os tenho lido, tenho lido...
Das ruas d'onde eles olham
passeias por caminhos ilusórios
vêem o tédio e triste se molham
há tristeza no falar simplório...
E já que por acaso chegaste
Viste? Lá está o moinho
A casa velha sem janelas
As uvas para a colheita do vinho
As flores coloridas,
o cheiro vindo do mato
Ah, e eu vi!
Teus olhos em páginas abertas
sabores e amores que já li.
Dores, desejos; coisas do coração
E tuas histórias ainda estavam alí
plantadas em minhas mãos
Tuas histórias se assentam
No assovio do vento
lembram gotículas na vidraça
E eu, ainda sem tempo