DAS MÃOS AOS PUMÕES

O rio vazou das minhas mãos.

Correu sobre o chão,

entre os vales do seu coração,

procurando um lugar para se empoçar

e no seu corpo se descansar

do tempo em vão que ficou a vagar,

você, não fechando as comportas

deixou-o sair pela mesma porta,

por queue entrou a procura de amor,

coisa que pra você não tem valor.

O rio voltou as minhas mãos,

que os filtrou aos meus pulmões.

Respirei fundo sem vacilar

e o desprendi em forma de ar,

Que o tempo exalou

mostrando que tudo terminou.

Nova Serrana (MG), 3 de fevereiro de 1984.

Tadeu Lobo
Enviado por Tadeu Lobo em 23/08/2017
Código do texto: T6092890
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.