RESPIRO
Seus braços, ao me enlaçarem, fizeram-me emergir.
Via-me sem ar, sem chão, sem paz.
Mergulhada num oceano
Nem um pouco pacífico
As reservas de ar
Se tornaram as últimas bolhas...
Que desesperançosamente subiam
E afastavam-se de mim
Já sem fôlego
Envolta por esse mar chamado Melancolia.
Sua voz abriu meus olhos
Seus olhos fez-me buscar o céu.
Já não via a escuridão tenebrosa
Dos que se entregam à tristeza da submersão.
Seu sorriso deu-me forças
Para chegar à superfície da razão...
Razão de viver!
Elenize QZ.
22/08/2017