ESPINHO DE ROSA

Diante dos meus olhos, uma rosa,

tão perfeita e tão mimosa,

que desabrocha num jardim juvenil,

coberta por um céu de azul anil.

Nesta rosa a menina tão formosa,

tão perfeita e tão maliciosa,

que os meus olhos tristes,

em segui-la sempre persistem.

Por duas vezes eu a procurei.

E por outras tantas o seu nome chamei.

Mas o que posso eu fazer

para esta rosa colher?

Se, quando tento tacá-la,

ela de mim foge e se cala.

Tantas vezes o meu coração se abriu

e tantas outras o seu espinho o feriu.

Assim eu vou me questionando

e ao coração eu vou enganando,

na esperança de que, um dia,

esta rosa me traga alegria.

Aos meus olhos orvalhados,

pelo pranto tão derramado,

Pois nesta exuberante flor,

a certeza do meu desamor;

nesta menina tão formosa

o espinho pontiagudo da rosa.

Luz (MG), 06 de julho de 1983.

Tadeu Lobo
Enviado por Tadeu Lobo em 21/08/2017
Código do texto: T6090577
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