com alegria de ver no vento o retorno da fantasia

um gênio mago apareceu-me num sonho

(se não era sonho, não sei de onde vinha)

nada garantiu, o mago era também poeta

ofereceu-me a ilusão e como veio partiu.

fiquei sozinho e desejei o retorno da fantasia

da alegria o regresso mas nada aconteceu.

então quis não querer, não esperar e de nada mais saber.

como sonho que chegasse à praia navio sem vela,

na gravidade da espera, do caminho fatigado

como navio que chegasse as nuvens sonho sem vela,

no meio da noite, já quase no fim do silêncio

uma rosa branca no árido jardim infinito se abriu.

a rosa era o mistério das estrelas na areia pontilhado,

era a palma da mão aberta do gênio que no regresso me sorria.

na praia daquele oceano seco sentamo-nos à sombra um do outro.

sem mais anseios, no deserto não mais sozinhos.

da aurora iluminados contemplamo-nos e ao mundo

com alegria de ver no vento o retorno da fantasia.

*

*

Baltazar

Baltazar Gonçalves
Enviado por Baltazar Gonçalves em 21/08/2017
Reeditado em 23/01/2018
Código do texto: T6090429
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