Barulho

Barulho

E eu sou todo esse barulho contido,

Os ecos guardados dos teus gritos,

O timbre soprado da tua rouquidão,

O tom delicado que a tua boca toca.

E assim quando vens e vês silêncio,

Teu ser fala e te respondo no pensar.

E se soubesses o que há aqui dentro,

Jamais demorarias por me procurar.

Quiçá não entendas a força contigo,

Ousando palavras para me provocar.

Usando estilística para me ter cativo,

Nuances que fazem meus olhos fitos.

Meu bem que chega tomando meu ar!

Vermelho na face e os meus calafrios.

Teus atos me fazem na pele arrepios,

E presto és cobertor quente de um lar.

Atine ao barulho que há neste silêncio,

Sou espaço vazio até que aqui estejas,

Reproduzindo nas tuas fontes internas

A sinfonia que me faça ser tudo para ti.

Paulo Victor

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 21/08/2017
Código do texto: T6090182
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.