Poema 0495 - Dizendo do meu amor

Não deixo a alegria sangrar velhas feridas,

a ternura passa pelo caminho molhado de lágrimas,

a dor nunca é mais que minha paixão,

não se mede um sentimento lembrando o passado.

Adormece meu coração nos lábios da amante,

no ar ouço todas as canções de amor,

após a despedida a noite vem do adeus,

é dia no amor, quando o sol troca o desejo de lugar.

Não medirei meu amor antes e depois do êxtase,

o dia pára no meio quando a paixão vem,

os olhos ficam feito estrelas,

a aurora brilha com seu dourado peito adentro.

O amor é fonte que nasce como um pequeno sonho,

sou riacho que corre entre pedras sem brilho,

até que os amanheceres apontem noutro dia,

que atinja hoje a plenitude jamais meu amanhã.

18/10/2005

Caio Lucas
Enviado por Caio Lucas em 18/10/2005
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