Desilusão
Na cidade o tempo morre
sem voz que pese,
sem boca que grite,
sem vontade de campo aberto
com papoilas delicadas.
A verdade é o lugar na cama,
o sexo, o corpo e a chama,
cansadas que estão as estrelas
e o vazio de horas bravas.
Sou da rua que me chama
a antigos espantos
que deixaram de ser surpresa.