Vai poesia vai...

I

Vai levar querência aonde

os olhos cabem.

Se me cabem,

certamente inundarei.

II

Inundarei com o teu olhar

alentado em mim.

Serão todos os meus abraços

dados em um só dia.

III

Quanta lua, sol, mar, chuva já

contemplei para lembrar que ali

de alguma maneira, havia um

sorriso teu.

IV

Seja lá onde estará teu olhar.

Amar-te-ei desde o fio do meu

cabelo até a sola dos pés.

Que o meu mundo acabe em amor por ti.

V

Coisas em mim te procuram.

Pudera eu ser um pouco de vento,.

o restante da garoa ou as águas

ainda escorrendo depois da chuva.

VI

Vai poesia vai...

Leva este recado.

Aqui ainda caminho,

sem guarida.

Luciana Bianchini

Luciana Bianchini
Enviado por Luciana Bianchini em 18/08/2017
Reeditado em 13/09/2019
Código do texto: T6088094
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