Vai poesia vai...
I
Vai levar querência aonde
os olhos cabem.
Se me cabem,
certamente inundarei.
II
Inundarei com o teu olhar
alentado em mim.
Serão todos os meus abraços
dados em um só dia.
III
Quanta lua, sol, mar, chuva já
contemplei para lembrar que ali
de alguma maneira, havia um
sorriso teu.
IV
Seja lá onde estará teu olhar.
Amar-te-ei desde o fio do meu
cabelo até a sola dos pés.
Que o meu mundo acabe em amor por ti.
V
Coisas em mim te procuram.
Pudera eu ser um pouco de vento,.
o restante da garoa ou as águas
ainda escorrendo depois da chuva.
VI
Vai poesia vai...
Leva este recado.
Aqui ainda caminho,
sem guarida.
Luciana Bianchini