* Quando as paredes silenciam ...*
(...) E as quatro paredes silenciam....
Burburinhos no quarto.
Sons abafados,
Pelas bocas que se tocam.
Entre suas línguas,
Uma única língua ...
A que sabiam falar!
Mas o silêncio era tocante.
Já que palavras são "descartáveis",
Quando a linguagem do corpo,
É a mais relevante.
Eminente
Preminente,
Tornam-se as pontas dos dedos,
Que na leitura em braile,
Decifra-se mapas,
Quando tocado o corpo do ser amado.
É o sobreposto,
Sobre o elevado.
E elevada,
É a temperatura da pele quando acariciada.
Sentida,
Tocada...
Deixando que o arrepio sentido,
Faça sentido,
Aos olhos de quem vê.
É um quê,
Do quando.
Do porquê?!
Do até breve,
Que no breve descanso,
Tudo renasce.
E na luxúria envolta,
Tudo em volta
É o tempo que petrifica.
Odores de duas almas,
Que exauridas através do verbo amar,
Deixam exalar,
De seus poros,
Seus perfumes.
Sentindo então, ciúmes,
Do próprio ar que a cada um envolve.
E num rompante,
Ele, o ciúme, se dissolve,
No mesmo ar que o provocou.
E fazendo do tempo petrificado,
Seu próprio aliado.
Olhar no relógio............................Horas!
É verbo passado.
Onde o recomeço,
Será recompensado...
E a vastidão do tempo,
( Presente )
Pelos céus....
Guardará ...
Eternizado...."
(...) E as quatro paredes, novamente....... silenciam..
Apagam-se as velas,
E tudo volta a ser...
Ao ser !