É Só Mágoa E Ladainha

Partes do princípio inexistente

Dos pensamentos indecentes

Não mais ridículo que o real

Acusam-me de pérfidas ações

Que nem mesmo nos meus dias mais canalhas fui capaz de idealizar

Se me calo, sou narrado réu confesso

Um ser torpe e indigesto que tão bem sabe pecar

Mas se falo, me justifico, contesto

Aí mesmo é que eu não presto, me torno o cínico que só deseja enganar

Histórias indecorosas, mal arquitetadas

Lançam-me parte do enredo e o pior é não saber que dedo aponta-me como malfeitor

A mágoa é par secreto de mulher traída

Que se aproveita da ferida e chama a morte para dançar

Cuidado, esse quadro eu não manchei, ficar insistindo que errei deixa-me mal com seu pintor

Amada, há discrepância nessa linha com que bordas a ladainha no nosso tão invejado cobertor

Pedro De La Rosa
Enviado por Pedro De La Rosa em 17/08/2017
Reeditado em 18/08/2017
Código do texto: T6086777
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