É Só Mágoa E Ladainha
Partes do princípio inexistente
Dos pensamentos indecentes
Não mais ridículo que o real
Acusam-me de pérfidas ações
Que nem mesmo nos meus dias mais canalhas fui capaz de idealizar
Se me calo, sou narrado réu confesso
Um ser torpe e indigesto que tão bem sabe pecar
Mas se falo, me justifico, contesto
Aí mesmo é que eu não presto, me torno o cínico que só deseja enganar
Histórias indecorosas, mal arquitetadas
Lançam-me parte do enredo e o pior é não saber que dedo aponta-me como malfeitor
A mágoa é par secreto de mulher traída
Que se aproveita da ferida e chama a morte para dançar
Cuidado, esse quadro eu não manchei, ficar insistindo que errei deixa-me mal com seu pintor
Amada, há discrepância nessa linha com que bordas a ladainha no nosso tão invejado cobertor