Quando eu for mais velha
e sentir às minhas costas doer, notar que a minha memória já não é tão boa, quando eu recordar de tomar os meus remédios só no pôr-do-sol quando deveriam ser na primeira hora do dia, quando às minhas mãos já não estarem mais lisinhas e o meu rosto tão enrugado que não posso mais ficar sem um suéter por não suportar o vento frio soprar nas minhas costelas, quando não for capaz de segurar-me sozinha a não ser abraçada por uma bengala fazendo-me apoio, e ouvindo alto o assovio da chaleira anunciando que o chá ficou pronto, saberei que estou velhinha, hora de sossegar o coração.
Ainda assim me lembrarei do estalo daquele beijo.
"Porque a gente só sente saudade do que é bom."
e sentir às minhas costas doer, notar que a minha memória já não é tão boa, quando eu recordar de tomar os meus remédios só no pôr-do-sol quando deveriam ser na primeira hora do dia, quando às minhas mãos já não estarem mais lisinhas e o meu rosto tão enrugado que não posso mais ficar sem um suéter por não suportar o vento frio soprar nas minhas costelas, quando não for capaz de segurar-me sozinha a não ser abraçada por uma bengala fazendo-me apoio, e ouvindo alto o assovio da chaleira anunciando que o chá ficou pronto, saberei que estou velhinha, hora de sossegar o coração.
Ainda assim me lembrarei do estalo daquele beijo.
"Porque a gente só sente saudade do que é bom."